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A História da Tatuagem

Há mais de 3500 anos atrás, a tatuagem já existia como forma de expressão da personalidade ou de indivíduos de uma mesma comunidade tribal (união de pessoas com as mesmas características sociais e religiosas).

Os primitivos se tatuavam para marcar os fatos da vida biológica: nascimento, puberdade, reprodução e morte. Depois, para relatar os fatos da vida social: tornar-se um guerreiro, sacerdote ou rei; casar-se, celebrar a vida, identificar os prisioneiros, pedir proteção ao imponderável, garantir a vida do espírito durante e depois do corpo.

Na era Cristã, na clandestinidade, sob o jugo do poder pagão, os primeiros cristãos se reconheciam por uma série de sinais tatuados, com cruzes, as letras IHS, o peixe, as letras gregas. Na era moderna, a tatuagem passou por vários anos de marginalidade. Ela retorna a ser questão de relevância em nossa sociedade quando surge em artistas de música, cinema, e em pessoas comuns. Deixando de ser um símbolo de marginalidade, e sim uma forma de expressão individual de arte e estética do corpo, a tatuagem não é mais grosseira como as de cadeias, e sim um desenho de traços mais finos e cores variadas e vibrantes.

No Brasil, o precursor da tatuagem moderna foi um cidadão dinamarquês chamado Knud Harald Lucky Gegersen, conhecido popularmente como Lucky, ou Mr. Tattoo. Chegando por aqui em 1959, Lucky se estabeleceu em Santos-SP, utilizando seu talento e suas técnicas de desenhista e pintor profissional. Lucky foi notícia em vários jornais, e em 1975 o jornal O Globo o considerou o único tatuador profissional da América do Sul, sendo sua morte noticiada no Jornal 'A Tribuna" de Santos do dia 18 de dezembro de 1983.

Por um bom tempo Lucky continuou sendo o único, até que começaram a aparecer, aos poucos, os seus seguidores, que herdaram dele as técnicas e a arte de fazer tatuagem. Apesar de toda sua história, o conceito de origem independente se adequa a tatuagem, pois ela foi inventada várias vezes, em diferentes momentos e partes do Mundo, em todos os continentes, com maior ou menor variação de propósitos, técnicas e resultados.

A Múmia mais antiga do mundo (Iceman) foi encontrada em 1991, na Itália e data de 5.300 anos antes de Cristo, conservou-se congelada em um bloco de gelo e tinha tatuagens acompanhando toda a espinha dorsal, além de uma cruz numa das coxas e desenhos tribais por toda a perna, foram contadas cerca de 57 tatuagens no total. A segunda múmia mais antiga do mundo é de uma princesa egípcia que apresentava um grande espiral desenhado na barriga, região do baixo ventre, que alguns antropólogos relacionaram a possíveis rituais de fertilidade. Outras múmias apresentaram tatuagens de conteúdo mágico ou médico.

Em algumas delas, como na múmia de uma sacerdotisa de 2000 a.C havia linhas horizontais e paralelas à altura do estômago, possivelmente para proteção contra gravidez ou doenças. Múmias com os mesmos tipos de sinais foram encontradas no vale do rio Nilo. Segundo especialistas, as tatuagens em múmias do sexo feminino tinham um efeito cosmético, para realçar seus encantos.

Em escritos antigos de Heródoto, chamado "O pai da história", há citações sobre a existência de um povo muito antigo no norte Europeu que tinha o costume de fazer desenhos definitivos pelo corpo, esses povos eram denominados Pictus, por esse mesmo costume.

Os Pictus não se tatuavam por vaidade. Acreditavam que as tatuagens lhes davam poder e força e que os desenhos ficavam impressos na alma para que eles pudessem ser identificados após a morte por seus antepassados. Seus guerreiros recebiam as tatuagens depois de um ato de bravura. As linhas entrelaçadas dessas tatuagens, complicadíssimas de serem realizadas, serviam para distrair o inimigo, além de representarem a interconexão de todas as coisas sobre a terra.

Os nativos da Polinésia, Filipinas, Indonésia e Nova Zelândia (maori), tatuavam-se em rituais complexos, sempre ligados à religião. Os maori se destacaram pela criatividade do Moko, tatuagem tradicional feita no rosto. Os povos Celtas e Vikings, os dinamarqueses, os normandos e os saxões, também desenvolveram os seus próprios estilos de tatuagem.

A técnica pouco variava, mas os desenhos e motivos das pinturas eram singulares em cada cultura. Na América, tanto as tribos indígenas dos Estados Unidos, quanto as civilizações Maias e Astecas, eram praticantes da tatuagem. Para os Índios Sioux, tatuar o corpo servia como uma expressão religiosa e mágica. Eles acreditavam que após a morte, uma divindade aguardava a chegada da alma e exigia ver as tatuagens do índio para lhe dar passagem ao paraíso.

Um pouco mais próximo da linha do equador, Cortez se espantou com o fato dos Maias praticarem o culto dos deuses de pedra. Mais ainda, estes povos tinham o costume de gravar as imagens dos seus deuses na própria pele. Apesar dos europeus terem desenvolvido a tatuagem com os Celtas e os povos bárbaros, os conquistadores nunca tinham visto uma tatuagem antes, o que ajudou a qualificarem os Maias de "adoradores do diabo" e os massacrarem pelo seu ouro.

A tatuagem foi introduzida no Ocidente no século XVIII, com as explorações que colocaram os europeus em contato com as culturas do Pacífico. Nessa época não existiam tatuadores profissionais, mas alguns amadores já estariam a bordo dos navios e em grandes portos.

Na segunda metade do século XIX, as tatuagens viraram moda entre a realeza européia. No final do século XIX, a febre da tatuagem espalhou-se na Inglaterra como em nenhum outro país da Europa. Graças à prática dos marinheiros ingleses em tatuarem-se. Vários segmentos da sociedade inglesa se tornaram adeptos da arte. Mas mesmo com a realeza tendo sido tatuada, a maioria das pessoas insistia em associar o ato de tatuar com uma propensão à criminalidade e marginalidade.

A palavra tatuagem origina-se do inglês tattoo. O pai da palavra "tattoo" foi o capitão James Cook , que escreveu em seu diário a palavra "tattow", também conhecida como "tatau", uma onomatopéia do som feito durante a execução da tatuagem, em que se utilizavam ossos finos como agulhas, no qual batiam com uma espécie de martelinho de madeira para introduzir a tinta na pele.

A partir de 1920 a tatuagem foi ficando mais comercial, tornando-se mais popular entre americanos e europeus. Surgindo uma gama de tatuadores que eram artisticamente ambiciosos. Eles acharam muitos clientes nas décadas de 1950 e 1960. Durante muito tempo, nos Estados Unidos, a tatuagem esteve associada a classes sócio-econômicas mais baixas, aos militares, aos marinheiros, às prostitutas e aos criminosos.

A chamada "arte na pele" cada vez mais perde o estigma marginal que costumava caracterizá-la e está nos corpos de pessoas de várias idades e classes sociais. De uma simples marca tribal até gigantescos dragões, elas deixaram a clandestinidade para ganhar as ruas.

As tattoos, hoje, no mundo da estética, são muito bem recebidas na recomposição de sobrancelhas, delineamento dos olhos e lábios, cobertura de manchas e cicatrizes. Lentamente, a tatuagem também passa a ser reconhecida como arte, graças as iniciativas dos tattoo clubs de todo o mundo que promovem exposições, competições entre os melhores trabalhos e realizam convenções para a atualização e modernização dos métodos de aplicação e de assepsia.

TATUAGEM PAR OU IMPAR?

Mesmo quem não tem uma tatuagem já ouviu falar sobre essa lenda de tatuagem impar ou par, opiniões se dividem a respeito dessa lenda, enquanto alguns são mais mitológicos e relacionam esse fato ao numero (666) outros preferem acreditar em historias contadas pelos precursores da tatuagem artística, (os marinheiros).

A relação com o numero (666) vem desse numero ser uma seqüência de 3 números e representar o numero da besta, na maioria das vezes quem acaba de fazer uma tatuagem, tem a preocupação de não figurar entre os desfavorecidos, e diz, “Logo farei outra pois tatuagem em numero impar da azar”.

Os Marinheiros contavam que certa vez um navio de piratas naufragou e todos aqueles que possuíam tatuagens em números impares morreram, isso causou muito temor entre os viajantes do mar e por conhecerem diversas nações disseminaram essa lenda.

Durante os anos seguintes, tatuadores lucraram muito em portos da região tatuando marinheiros e supersticiosos que queriam fazer uma segunda tatuagem para fugir do mau agouro desta lenda, com o passar do tempo novas lendas foram lançadas para que dissessem que tatuagens pares é que davam azar, e aí, um novo ciclo de procura dava-se início para se fazer uma nova tatuagem e permanecer com o número impar de desenhos pelo corpo, confirmando de que tudo isso não passa de uma lenda comercial e muito lucrativa na época.

História do Piercing

Todos os povos, desde os tempos mais remotos já possuíam formas de adornar o corpo, por motivos estéticos, religiosos ou até mesmo por tradições e costumes desua própria cultura.
O bodypiercingá a arte de perfurar o corpo, um método de colocação de jóias, que foi modernizado. No Egito já antes de Cristo, as escravas mais bonitas ganhavam perfurações no umbigo com jóias que não brilhavam muito, e as mulheres da nobreza ganhavam perfurações com jóias em ouro, e isso passou a ser uma maneira de classificar a beleza e o comportamento da mulher até os tempos de hoje. E vem conquistando aos poucos seu espaço na sociedade e “fazendo a cabeça” de todos aqueles que gostam de se diferenciar de uma certa forma, passando a fazer parte da cultura de um homem moderno.
O bodypiercingveio aos poucos vem se popularizando. Através dos tempos, o piercing vem ganhando o seu espaço.Os piercings mais usados são o barbel e o microbil (na sobrancelha e no nariz), o lebret na boca e as várias maneiras de perfurações na orelha, no corpo, na língua e até mesmo nos órgãos genitais. Mas os locais de aplicação variam de pessoa pra pessoa e não há nenhuma necessidade de tomar qualquer tipo de anestesia para se fazer a perfuração, até porque essa função só cabe a um profissional e anestesia da área médica. Alguns fazem por modismo, outros por arte corporal ou por tendência mesmo. Mas o importante é optar por aquilo que faça você se sentir bem e confortável com seu próprio corpo. Afinal, você vai estar sendo espelho de uma cultura que predominou no passado e hoje permanece no nosso presente com força total.

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